sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

- oi...

- Nossa, que milagre encontrar você aqui. Diga!
- sei que você está só... sinto isso... quer falar, mas tem medo...
- Eu não tô com medo de você!
- tem medo que eu seja bruto...
- Nada. Se eu deixo de falar alguma coisa, é porque sei que você não quer saber.
- não falo as coisas bonitas que você quer ouvir... sabe que te ouço, quero te ajudar... mas dá raiva tem hora... muita...
- Até parece que eu sou assim. Querer ouvir coisas bonitas... você é um idiota.
- você não sabe esconder as coisas... por mais maluca que seja, vejo sua vontade de mudar... talvez até de crescer...
- Quero sempre. Mas não é mudar, é tentar ser melhor, não ser outra.
- melhorar é mudar...
- Imagino o que você pensa de mim quando tá com raiva.
- gosto muito de você... sabe como eu sou... um dia vou sumir da tua vida... e tem que ser assim... fui assim com todo mundo... um dia vai entender... por isso quero curtir tudo...
- Se você fizer isso, eu juro que vou te odiar pra sempre. Prometo que vou te odiar!
- vai odiar sim... mas vai crescer com isso... a saudade vai ser boa... encontrar-mos depois, como 'antigos' amigos... vai ser assim com a gente... e vai ser bom...
- Não, não quero, Deus me livre. Faça isso com quem acha esse tipo de coisa poética. Eu tô fora!
- não é poesia...
- Cala a boca. Quero continuar tomando minhas cachaças com você até você morrer. Não é mesmo. Isso tudo é uma porcaria que tá me irritando. Não fala isso mais. Eu já fico daquele jeito, igual quando você não atende o celular. Você não faz idéia da minha amizade por você.
- vai agradecer um dia por a gente se conhecer... o clima de despedida é nescessário... sempre será meu anjo... e de boa, você já é parte de mim... uma parte boa, essencial... amor platônico... coisa de 'tio'... de pai... amigo... de alma... como sempre foi... não será diferente daqui por diante...
- Olha aqui porra, tudo é isso muito bonito, muito tocante, mas eu não abro mão de você! E vamos mudar de assunto.
- vou dormir... melancólico... mas vou dormir...

4 comentários:

  1. Ah... a eterna caminhada rumo ao fim... o eterno foco mental no amanhã em detrimento ao agora... partidas iminentes, mas necessárias. Necessárias às re-significações, às mudanças de pele, ao renascimento. Expirado o prazo de validade, o coração bate mais forte e, muitos de nós, borramo-nos de medo.

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  2. A Vida se faz pelas perdas.

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é um esforço inútil reprimir sentimentos e desejos dentro da gente... parece que essas coisas aí são as energias que nos matêm vivos